Kesong

Mulher utilizando o smartphone em um café. Imagem: Reprodução/FreePik

Kesong: vem aí um novo Instagram? A rede social chinesa de fotos

Recentemente, tivemos pedidos de influenciadores e da audiência das redes sociais para “fazer o Instagram, o antigo Instagram de novo” (em tradução livre) e, nesse meio tempo, um anúncio gerou expectativa na internet e nos negócios: de que haveria uma nova rede, Kesong, similar ao antigo Instagram, que era focado em fotografias e lifestyle.

O Kesong (que significa croissant chinês) é uma novidade da ByteDance, criadora do Tik Tok, o aplicativo de vídeos do momento. Por meio da nova rede social Kesong, os usuários poderiam compartilhar fotos, comentários e realizar compras por meio de uma loja integrada.

Ele também seria uma concorrência à outra rede social popular na China, Xiaohongshu, que possui mais de 200 milhões de usuários ativos por mês e é sucesso no país (veja alguns dados aqui nesse post do blog). Focado na geração Z e em mulheres, permite compras dentro do aplicativo e possui influenciadores que potencializam marcas e produtos. O Kesong também traria uma alternativa para o Instagram caso chegue aos americanos e brasileiros, além de demais países com pessoas insatisfeitas hoje.

A empresa ByteDance lançou anteriormente dois aplicativos semelhantes de fotos: Xincao em 2018 e Xintu em 2019. Ambos acabaram sendo descontinuados, de acordo com relatório de 36kr Holdings (que mostra cadastros de empresas e relatórios de negócios na China).

“Os clientes mais jovens ou a geração Z em particular demonstraram preferir abordagens de negócios por meio de aplicativos de mídia social, apesar das preocupações com privacidade e coisas do tipo.

Para ByteDance, Kesong marcaria o próximo capítulo sobre como planeja dominar o setor de mídia social. Com o TikTok já sendo o aplicativo mais baixado globalmente, será interessante ver como Kesong se comporta no mercado chinês e se o aplicativo chegará ao cenário internacional.” (TechWire Asia).

A previsão é de que o Kesong lançaria o seu aplicativo “neste verão quente” (setembro), de acordo com a introdução da plataforma.

Com dados do TechWire Asia e Marketing to China (com tradução do site 36kr, em inglês).

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O movimento "Make Instagram Instagram again" foi publicado por Kylie Jenner, a mulher mais seguida na rede social hoje. Imagem: Instagram Stories Kylie Jenner.

A campanha “Make Instagram again” e mudanças na rede social

Make Instagram again: Instagram ou Tik Tok?

O movimento "Make Instagram Instagram again" foi publicado por Kylie Jenner, a mulher mais seguida na rede social hoje. Imagem: Instagram Stories Kylie Jenner.
O movimento “Make Instagram Instagram again” foi publicado por Kylie Jenner, a mulher mais seguida na rede social hoje. Imagem: Instagram Stories Kylie Jenner.

Tudo virou o Tik Tok? As mudanças no Instagram aproximam o aplicativo à rede de vídeos no momento. Os usuários reclamam. E também: novas redes podem surgir para trazer o antigo Insta de volta, liderados pela gigante chinesa dos criadores do Tik Tok.

Essa semana, diversos influenciadores comentaram a respeito das últimas mudanças do Instagram. Uma delas foi Kylie Jenner, influenciadora seguida por 360 milhões (que é a mulher com maior número de seguidores).

No passado, quando Kylie Jenner criticou o Snapchat, a rede perdeu mais de bilhão de dólares. E de acordo com o portal SeuDinheiro, após o story pedindo o antigo Instagram, as ações da Meta (Nasdaq: META), dona do Facebook e Instagram, caíram 3,23% em Nova York, negociadas a US$ 161,27.

O posicionamento do Instagram

Nesse cenário, Adam Mosseri, Head do Instagram, divulgou há alguns dias um vídeo contando que a rede estava realizando testes de vídeos em tela cheia e mudanças no design. Mais clean e valorizando os Reels (todos os vídeos, inclusive IG TV e demais formatos, entraram na aba de vídeos).

Após os comentários de Kylie Jenner, Kim Kardashian e outras celebridades (além da própria audiência). O posicionamento mudou. 

  • Os planos de mostrar vídeos em tela cheia no feed foram pausados, diminuindo a semelhança com o Tik Tok.
  • O teste será interrompido em algumas semanas.

Vídeo completo de Adam Mosseri essa semana.

E já tem concorrência: um novo Instagram “raiz” à vista

ByteDance, empresa criadora do TikTok, está desenvolvendo uma nova rede social para compartilhamento de fotos e textos, semelhante ao Instagram. Ela se chama “Kesong“, que significa croissant e chinês.

O Kesong deve ser criado em semelhança ao aplicativo Xiaohongshu (popular na China). Xiaohongshu é um aplicativo que foca no estilo de vida social e possui uma plataforma de comércio eletrônico com mais de 200 milhões de usuários.

Os planos do Kesong incluem criar uma loja virtual também. A previsão é que o aplicativo Kesong seja lançado na China no verão chinês, que vai até 23 de setembro. Assim, foca nos pedidos da audiência em exibir fotos, life style e ainda favorece os criadores e vendedores que utilizam o Instagram hoje, trazendo um bom match entre as necessidades que as pessoas pedem no “Make Instagram, Instagram Again”.

De acordo com o portal The Drum (em tradução livre): “a mudança ocorre quando a ByteDance procura expandir seu império com mais aplicativos de mídia social na China e no exterior, à medida que procura enfrentar a gigante de tecnologia chinesa Tencent, proprietária do WeChat.

A ByteDance é dona do Douyin, a versão chinesa do TikTok, que tem mais de 700 milhões de usuários diários, e do Toutiao, um agregador de notícias popular na China, que tem 200 milhões de usuários. A ByteDance foi recentemente avaliada em US$ 300 bilhões“.

Algumas reflexões sobre a “tiktokzização” das redes sociais

Será que estamos nos fixando apenas no modo de vídeos rápidos e sem muito conteúdo, sem deixar espaço para novas mídias emergirem – mesmo que os vídeos curtos e as coreografias não sejam parte da nossa estratégia, nossos gostos e hobbies?

A verdade é que, na história, nem todas as mídias novas e formatos novos mataram os outros. Outras formas de consumo de conteúdo continuam existindo até hoje.

Uma discussão antiga na comunicação é se uma rede canibalizará a outra. E nesse cenário, as pessoas podem se dividir entre apocalípticos, que enxergam as redes sendo finalizadas, ou entre os integrados, que acreditam que haverá a integração dessas plataformas.

De forma geral, podemos analisar que o slow content continua disponível em blogs. E Youtube, por exemplo, não matou as séries (e o Youtube pode falar de fofocas de celebridades ou oferecer cursos gratuitos em playlists incríveis).

Em resumo, as pessoas continuam gostando de fotos, também. E agora, pedem redes que sejam para focar em vídeos e amigos. Então, nesse mar de escolhas, será mesmo que o TikTok, vai “matar” ou está matando alguma coisa? (leia mais sobre esses pontos aqui no blog).

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