Cookieless: fim dos cookies, e agora? Consequências e exemplos

Cookieless: fim dos cookies na publicidade, e agora?

Os cookies, sempre nos bastidores, porém sempre presentes, estão perto de dar seu último passo no pacote dos biscoitos. Mas por que isso importa? Imagine-os como detetives da web, rastreando nossas pegadas online para personalizar anúncios e conteúdo. Esse texto foi publicado primeiro no Linkedin. Aqui no site, temos mais detalhes sem limite de caracteres.

Qual o impacto do fim dos cookies?

Menos publicidade direcionada (de forma geral, sem “aceite”), menos personalização na navegação na web e, na ponta de quem executa campanhas, a medição dos anúncios torna-se mais complexa. 

Mas o fim dos cookies também significa outro tipo de efeito: foco no usuário, que agora terá maior controle da adesão de seus dados. Seja ele quando loga naquele site (aceitando) ou sendo “marcado” conscientemente em algum espaço digital que aceitou, existe uma escolha mais clara e espaços para serem usados.

Nisso tudo, vêm as adaptações do mercado

Google e Meta estão criando novas formas de obter os dados das pessoas e se adaptar, sem perder a personalização.

Antes de entrar em exemplos mais técnicos, vamos entender os tipos de cookies no cenário da publicidade?

  • “First-Party Cookies” (na tradução literal, “cookies de primeira parte”): colocados pelo site que você está visitando, para lembrar detalhes de login ou personalizar o conteúdo.
  • “Third-Party Cookies” (na tradução, cookies de terceiros): inseridos por outros domínios (sites), frequentemente redes de anúncios, para rastrear seu comportamento na navegação. 

Os cookies de terceiros são os que estão sendo gradualmente eliminados.

Por que os cookies de terceiros são importantes para o marketing digital?

  • Publicidade direcionada: os cookies ajudam as redes de anúncios a construir perfis detalhados de seus interesses e comportamento online, permitindo que eles exibam anúncios altamente relevantes.
  • Personalização de sites: Os sites podem usar cookies para personalizar conteúdo e ofertas com base em suas visitas e preferências passadas.
  • Medição de campanhas de marketing: os cookies rastreiam conversões e envolvimento do usuário, auxiliando os profissionais de marketing a analisar a eficácia de suas campanhas.

Alguns exemplos de como Google e Meta podem se adaptar ao cenário sem cookies

O espaço digital está passando por mudanças, mas há outras formas de coletar dados de pessoas como o Google e a Meta têm buscado. O desafio? Adaptar-se e aderir o futuro (um tanto mais) centrado na privacidade.

Usando como exemplo um site utilizando os modelos de aprendizado de máquina do Google Analytics, o site pode antecipar as preferências de viagem dos usuários com base em seu histórico de navegação e sugerir recomendações personalizadas, tudo isso sem rastreamento individual. 

Para uma loja de comércio eletrônico: com a medição de eventos agregados do Facebook, a loja pode analisar quais categorias de produtos e promoções mais ressoam com o público, sem comprometer a privacidade dos usuários. 

Caso seja um aplicativo móvel, é possível usar a API de Conversões do Facebook para rastrear instalações de aplicativos e compras dentro do app diretamente dos servidores, fornecendo uma medição precisa do desempenho das campanhas, mesmo sem cookies. 

Em outras palavras

Embora o fim do uso de cookies de terceiros apresente desafios, tanto as big techs (tanto o Google Analytics quanto o Facebook Analytics, a Meta) estão desenvolvendo soluções para um futuro focado na privacidade e em dados (“first party data”). 

Empresas que se adaptarem e abraçarem essas mudanças estarão mais bem posicionadas para ter maior assertividade para entender o consumidor e conseguir usar dados centrados no usuário, em um cenário em constante evolução do marketing digital. 

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Espero que isso forneça uma visão de como a publicidade, e especialmente o Google e a Meta, estão adaptando o caminho para um futuro sem cookies, com mais privacidade para as pessoas.

Fontes: Para criar meus insights, usei informações da Meta e Google Analytics sobre a adaptação ao futuro cookieless.

Esse texto foi publicado primeiro no Linkedin. Aqui no site, temos mais detalhes sem limite de caracteres.

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Para continuar a conversa:

Profissional de Digital Business e Business Intelligence, com foco em Consumer Insights, Trends e Cultural Research. Pesquisa e trabalha criando estratégias baseadas em dados online e offline. Criadora do Dataísmo. Formada em Marketing e pós-graduanda em Digital Business na USP.

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