Case: ação da WWF usa extinção do pássaro azul do Twitter
A WWF usou o rebranding do Twitter para criar uma campanha de conscientização da extinção de animais. Usando a morte do pássaro azul do Twitter, que evolui para o X (ligado à extinção), a WWF alertou para os animais que estão sumindo da fauna mundial.
Com a mensagem “Proteja nossa vida selvagem antes que seja tarde demais”, mostrou uma evolução da morte do próprio passarinho azul do Twitter como símbolo da morte dos animais na vida real.
O mundo inteiro está de luto pelo pássaro do Twitter. Cerca de 1 milhão de espécies reais estão ameaçadas. Hoje estamos no meio da maior extinção desde o fim da era dos dinossauros. Um quarto das espécies de mamíferos, uma em cada oito espécies de aves, mais de 30% dos tubarões e raias e 40% das espécies de anfíbios estão em risco.
Ajude-nos a salvar os animais. (WWF)
Sobre a ação
Foi uma publicação de oportunidade no LinkedIn para gerar impacto com um dos assuntos do momento: acontece logo após Elon Musk mudar a imagem do pássaro azul pelo “X” da X Corp, e renomear o aplicativo para “X”.
Depois de clicar no link do post, as pessoas são direcionadas para o site da WWF alemã, que diz:
A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) faz declarações ruins sobre as espécies de animais e plantas na Lista Vermelha Internacional: Das 147.500 espécies registradas, quase 41.500 estão em categorias de ameaça (em julho de 2022), o que é mais espécies do que nunca antes. Juntamente com a crise climática, a extinção de espécies é considerada a maior ameaça ao nosso planeta e às nossas próprias vidas.
WWF entrando na conversa do rebranding
A campanha da WWF foi realizada no Linkedin e criada em parceria com a agência MCann da Alemanha. Busca entrar na conversa sobre o rebranding do Twitter e chamar atenção para uma causa.
A mudança no Twitter gerou muitas conversas na internet, além de discussão sobre o valor do rebranding. Isso pois o Twitter tinha “tweetar” como verbo para publicar e o “retweet” como verbo para compartilhar. Mudar o “tweet” por “post” e o “retweet” para “republicar” exclui a antiga identidade da rede que, por anos, usou palavras próprias.
Para muitas marcas, a criação de uma linguagem que a diferencie, e que seja usada pelas pessoas, é algo que demora anos para conquistar. É a construção do branding verbal.
A escolha foi feita pelo dono da Tesla para integrar o Twitter com o X, com o objetivo de se aproximar aos serviços da X Corp.
“Por um lado, você pode argumentar que ele estaria se livrando de uma marca icônica. Por outro lado, ele está sinalizando que é um novo dia para o que antes era o Twitter e que a empresa está indo em uma direção diferente com uma base de usuários distinta.” (Mike Proulx, diretor de pesquisa da Forrester).
No final, o Twitter retira a antiga personalidade e o pássaro que o identificou por tantos anos e tenta criar e fortalecer a imagem da X Corp. Resta saber se, além dos usuários insatisfeitos, o novo “X” conseguirá firmar sua nova identidade entre os usuários atuais ou conquistar novas audiências.