Geração Nem-Nem: o que é e como é medida?
Geração Nem-Nem no Brasil: desafios e impactos
O que é a Geração Nem-Nem?
A geração Nem-Nem é composta por jovens entre 18 e 24 anos que não estudam nem trabalham. Essa faixa etária compõe a transição dos estudos para o mercado de trabalho. No Brasil, muitos jovens enfrentam desafios nesse período, levando ao desalento e à falta de perspectivas.
Geração Nem-Nem: como é medida?
O Ministério do Trabalho é responsável por medir o número de jovens Nem-Nem. Essa análise é importante para entender o impacto econômico e social dessa geração e desenvolver políticas públicas adequadas. Os dados revelam que a falta de integração no mercado de trabalho afeta principalmente os jovens de famílias de menor acesso econômico.
Temas ligados à Geração Nem-Nem
Diversos fatores contribuem para o aumento da geração Nem-Nem no Brasil.
Segundo a professora Mônica Peregrino, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), “não estudar e não trabalhar é presente em todas as faixas socioeconômicas, mas é três vezes maior nos grupos mais pobres.”
“ “Não estudar e não trabalhar” é presente em todas as faixas socioeconômicas: se vê que é praticamente residual entre os grupos mais providos, mas três vezes maior nos grupos mais pobres. Não é uma questão de desejo pessoal, esses jovens têm uma dificuldade de engajamento institucional” explica a professora Mônica no artigo Tendências na Transição Escola-Trabalho, ela apresenta a situação do jovem brasileiro na pesquisa das juventudes Ibero-Americanas.
Ela destaca que é necessário ouvir os jovens e suas necessidades específicas para criar soluções eficazes em entrevista à Agência EBC.
A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, ressalta que “as mulheres jovens são as que mais enfrentam obstáculos devido ao trabalho doméstico e à sobrecarga do cuidado familiar.”
Montagner também aponta que muitos jovens entram no mercado de trabalho de forma informal, sem contrato formal, o que dificulta sua inserção produtiva.
Agenda ESG mundial e impacto no Brasil
A agenda ESG (Environmental, Social, and Governança) aborda também os desafios enfrentados pela geração Nem-Nem. Políticas de suporte à educação e ao trabalho fazem parte das metas da economia mundial, para garantir que os jovens possam estudar e trabalhar. Incentivar o aprendizado técnico e profissionalizante é realizada para melhorar a qualificação dos jovens e aumentar suas chances no mercado de trabalho.
Mônica Peregrino sugere que “ações de incentivo e estímulo ao aprendizado podem ter bons resultados.” Além disso, ela destaca a importância de políticas que facilitem a conciliação entre estudo e trabalho. “Ter uma política de reavivamento de ensino de jovens e adultos seria outro elemento importante”, afirma.
Manuella, uma jovem liderança, enfatiza a necessidade de “retomar os incentivos aos jovens, com foco em trabalho decente e programas para conter a evasão escolar e universitária.”
Exemplos e iniciativas
Iniciativas como creches para filhos de jovens mães e políticas de permanência escolar são exemplos de ações que podem ajudar a reduzir o número de jovens Nem-Nem. A formalização do trabalho jovem, através de estágios e programas de aprendizagem, é outro ponto que auxilia que esses jovens tenham acesso a empregos de qualidade.
Em outras palavras
A geração Nem-Nem no Brasil enfrenta desafios, principalmente entre os de menor renda. A falta de integração no mercado de trabalho e a sobrecarga de responsabilidades familiares, especialmente para as mulheres, são obstáculos que fazem parte e impactam nos índices.
Para auxiliar os jovens nessa etapa de vida, de acordo com a Agência EBC do Governo brasileiro, é essencial ouvir os jovens e implementar políticas de suporte à educação e ao trabalho. Incentivos ao aprendizado técnico e programas de formalização do trabalho jovem são fundamentais para aumentar a inserção produtiva dessa geração.
Em resumo, a geração Nem-Nem representa “um desperdício de talentos e energia”, impactando negativamente o desenvolvimento do país. Investir em políticas públicadas e privadas, com o jovem aprendiz e auxílio, podem facilitar a transição dos estudos para o trabalho, garantindo um futuro mais promissor para esses jovens e para o Brasil como um todo.
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