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Logo do Globoplay. Imagem: Reprodução Globoplay.

Dados do Globoplay 2022: assinantes e lucro até o momento

Dados do Globoplay em 2022 e um breve resumo de sua estratégia.

Globoplay é um streaming do ecossistema Globo, que existe desde 2015. Ele surgiu “timidamente” como dizem os jornais e revistas, e agora faz frente aos grandes streamings. Em um cenário chamado de “guerra dos streamings” ou “streaming wars”, Globoplay tem ganhado destaque com crescimento superior à Netflix.

“No início era um serviço pensado para complementar a TV Globo, mas com o passar do tempo ganhou força e hoje é um serviço mais independente” contou Erick Bretas (diretor de Produtos Digitais e Canais Pagos da Globo ou chief digital officer) em entrevista ao Deadline.

O investimento no streaming tem acontecido desde o seu lançamento em um plano que se baseia no médio prazo. Tem foco nos próximos cinco anos. É favorecido por fazer parte do ecossistema Globo, que atinge mais de 100 milhões de pessoas diariamente (incluindo seus jornais, tv aberta, tv por assinatura e outras mídias do grupo).

Dados do Globoplay em 2022 (e um breve comparativo com 2021)

O número de assinantes da Globoplay tem crescido a cada dia, e o plano a médio prazo da Globo começa a ter resultados. Obteve 11% de crescimento no último trimestre de 2022. A Globo também pretende ampliar o catálogo do streaming: até o final de 2022, planeja lançar 194 títulos com o mercado independente, segundo Erick Brêtas.

De acordo com a Globo, um dos motivos do aumento das assinaturas, especialmente em 2021, foi devido aos conteúdos originais e reality shows. Em 2021, a Globoplay teve aumento de 47% no total de usuários, em parte pelo BBB 2021. Os assinantes assistiram mais de 193 milhões de horas de conteúdo entre abril e junho de 2021 (um recorde!).

Também foi em 2021 que o Telecine passou a integrar o serviço, para oferecer um catálogo maior de produções. Atualmente, a Globoplay ainda tem combos de assinaturas com a Disney+ e os canais pagos de esportes. Desse modo, a Disney não oferece uma concorrência direta, mas sim um adendo aos serviços oferecidos.

De acordo com o portal Deadline, a empresa revelou que possuía 101,6 milhões de usuários em todos os seus produtos digitais em 2021, sendo 30 milhões de usuários nos canais pagos e suportados por anúncios no Globoplay.

O lucro em 2022 também teve crescimento: um aumento de 6%. Até o momento, em 2022 teve R$ 1,396 bilhão de reais (era R$ 1,316 bilhão em 2021).

*Dados de junho de 2022, divulgados oficialmente pela Globo e trecho de entrevista em tradução livre no portal Deadline em 2021.

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Disney+ assume liderança dos streamings: alguns dados e insights. Imagem: Disney/Divulgação.

Disney+ assume liderança: alguns dados e insights

Disney+ assume a liderança dos streamings. Plataforma ultrapassa Netflix em número de assinantes. Atualmente, o serviço possui 221 milhões de clientes em todas as suas plataformas, passando a Netflix com 220,7 em julho de 2022.

Separei aqui três pontos sobre essa liderança, com alguns dados e insights que favoreceram o crescimento da Disney, especialmente no último ano e como a Disney+ assume a liderança dos streamings. Como é uma marca forte e de audiência super ampla, podem ter ainda mais elementos de sua estratégia a serem analisados, mas me limitei a três deles, que seriam:

Acervo amplo do streaming

As produções da Disney possuem um repertório variado. É composto da própria Disney (que na verdade é “vários em um”). É o agrupamento da Disney, Star Wars, Marvel e Pixar, incluindo as produções nostálgicas e presentes no imaginário das pessoas. Também tem a Hulu (séries e programas de tv originais) e ESPN+ (conteúdo esportivo). No Brasil, o serviço é junto do Star+, que permite uma expansão de produções em conjunto ao serviço original. Desse modo, seu acervo consegue audiência de várias idades e com diversos interesses, fazendo um combo quase universal.

Conteúdo único: a força do catálogo Disney+

“Must have” ou tem que ter. O conteúdo da Disney+ é difícil de ser encontrado em outros lugares, pois possui personagens próprios e um imaginário que, em geral, é exclusivo. Os consumidores de streamings costumam assinar outros serviços em conjunto, como o Youtube ou Spotify, que acabam se complementando, mas não substituindo o serviço original da Disney+. O público interessado no combo Disney não deixa de assinar o streaming em função dos outros. É parte da força da própria marca.

O “must have” também é algo presente em outros serviços. “No caso do Spotify, 75% dos consumidores veem o streaming de música como um “must-have” versus “apenas bom” de se ter. O conteúdo do serviço de streaming de anime Crunchyroll faz com que 67% dos consumidores o vejam como uma assinatura inestimável. Cada uma das plataformas de streaming da Disney fornece conteúdo específico que é difícil de encontrar em outros lugares, incentivando a retenção do consumidor”, de acordo com estudo da Fool.

Expansão global, com possibilidade de ampliar ainda mais

A Disney+ disponibilizou o streaming em mais de 100 países, cobrindo boa parte do mundo. Apesar do acervo do ESPN e Hulu serem disponibilizados em sua maioria nos Estados Unidos, o streaming esportivo ganhou 62% mais assinaturas de 2020 a 2021 sem estar em muitos países, comprovando o poder de seu conteúdo, de acordo com o estudo da Fool. A empresa ainda pode crescer mais, caso expanda seu catálogo para outros mercados, como Europa e Ásia.  Assim, além do que já existe na Disney hoje, dependendo de sua estratégia, Disney+ ainda tem a possibilidade de aumento e penetração em um mercado enorme , que é o potencial de streaming de esportes.

*Com dados da Fool e resultados TQ da Disney+ e Netflix.

Veja mais:

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Dados sobre streamings: Netflix, Disney, Globoplay e mais

Dados sobre streamings: Netflix, Disney, Globoplay e mais (2022)

Recentemente, tivemos muitas mudanças no consumo e dados sobre streamings. Surgiram opções novas e o cenário tem cada vez mais concorrência.

Cenário global sobre streamings

A Netflix, que antes brilhava solo, enfrenta mudanças nas assinaturas e queda de clientes. Em 2021, surgiram novos streamings que ganharam uma boa fatia do mercado. Dentre eles, o lançamento do Peacock, a estreia do Paramount Plus e o crescimento orgânico do Disney+. 

De acordo com a PwC, existem algumas diferenças regionais nos dados sobre streamings, cujos destaques são:

Na Índia, onde Disney+Hotstar, Amazon Prime, Netflix e Zee respondem pela maior parte das receitas de OTT, mais de 40 outros players estão ativos. 

Brasil: O Grupo Globo anunciou um investimento de R$ 1 bilhão (US$ 211 milhões) no Globoplay como parte de sua iniciativa Uma Só Globo (Just One Globo) para trazer todas as marcas e canais para sua plataforma premium. 

Indonésia: os gigantes globais de streaming competem com players locais e regionais, como WeTV (drama asiático), GoPlay (conteúdo indonésio local) e Mola TV (esportes ao vivo).

Panorama na América Latina

De acordo com a ComScore, os cinco grandes serviços de streaming globais também são as principais assinaturas latinas. Dados sobre streamings incluem Netflix (49% na América Latina), Amazon Prime Video (40%), Hulu (28%), Disney+ (31%) e HBO Max (31%).

Dados sobre streamings no último trimestre

Netflix

De acordo com as pesquisas, a Netflix sempre conseguiu aumentar suas receitas de forma consistente, mas nos últimos trimestres, a taxa de crescimento da receita diminuiu. De 24,2% no primeiro trimestre de 2021, desacelerou para 9,8% no primeiro trimestre de 2022. Para o segundo trimestre de 2022, a receita deve crescer 9,7%, para US$ 8 bilhões. No segundo trimestre de 2021, as receitas aumentaram 19,4%. 

“Depois de confirmar a perda de mais de 200.000 assinantes no primeiro trimestre de 2022, a empresa culpou os usuários que compartilham suas contas com amigos e familiares. Desde então, a Netflix vem explorando novas maneiras de reter seus assinantes, o que inclui medidas anti-compartilhamento de senhas e um novo plano suportado por anúncios” (9to5Mac).

De acordo com um novo relatório do JustWatch, outros streamings se destacaram no período:

Os resultados do segundo trimestre de 2022 foram bastante positivos para plataformas de streaming menores como Paramount +, Apple TV +, Hulu (que é de propriedade da Disney) e Disney +. Embora essas plataformas tenham crescido nos últimos meses, o mesmo não pode ser dito para grandes players como Netflix e Amazon Prime Video.

Prime Video

Os números do relatório JustWatch mostram que o Amazon Prime Video está a apenas um por cento de ficar em primeiro lugar na corrida de serviços de streaming no mundo todo, com participação de mercado de 20%.

Disney

Registrou receita de US$ 4,9 bilhões. Aumento de 23% ano a ano. A empresa adicionou 9,2 milhões de assinantes aos seus serviços de streaming e encerrou o trimestre com 205 milhões de assinaturas. O Disney+ adicionou 7,9 milhões de assinantes apenas no segundo trimestre de 2022, de forma rápida, e encerrou o período com quase 138 milhões de assinantes totais. A empresa continua no crescimento previsto, para atingir 230-260 milhões de assinantes até 2024. A plataforma tem 14% de participação e está em quarto lugar mundial.

HBO Max, da Warner Media

Fica em terceiro lugar com 15%. A HBO, que tem as séries aclamadas pela crítica, como Game of Thrones e Westworld, no primeiro trimestre de 2022 registrou um total de assinantes globais da HBO Max e HBO de 76,8 milhões, um aumento de 12,8 milhões em relação ao ano anterior.  Por outro lado, a HBO pausou as produções locais na Europa e enfrenta mudanças na diretoria em diversos países, como o Brasil. A Warner Bros Discovery foi o resultado de uma fusão de US$ 43 bilhões entre a WarnerMedia da AT&T e a Discovery, Inc. que foi consumada em abril. Logo após a conclusão da fusão, o CEO David Zaslav disse que a empresa não “gastaria demais para impulsionar o crescimento de assinantes” para HBO Max e Discovery Plus.

Hulu

Ocupa o quinto lugar, exibindo uma participação de 10%. O Hulu também ganhou mais assinantes e alcançou 45,6 milhões ao todo. De acordo com alguns especialistas, a Disney deve voltar seu foco no conteúdo infantil, e uma ótima maneira de fazer isso seria vender o Hulu e comprar o Roblox (jogo/plataforma popular entre público mais jovem). Isso mudaria os investimentos do Hulu e também pode afetar a sua receita e total de assinantes.

Apple TV e Paramount Plus

Ocupam o sexto e sétimo lugares, respectivamente, com diferença de uma porcentagem de um dígito. O Apple TV+ alcançou recentemente 5% de participação de mercado e está crescendo rapidamente. A Paramount+ está crescendo mais lentamente, mas ainda alcançou 4% de participação de mercado.

Cada streaming busca o seu diferencial

O número crescente de players no mercado de streaming levou a uma forte concorrência e, nesse cenário, as principais empresas  continuam fazendo investimentos para atrair novos assinantes e impulsionar o engajamento

Netflix, por exemplo, continuou a investir em conteúdo original e seus programas de sucesso, como Bridgerton e Inventing Anna, ajudaram a impulsionar o engajamento e o crescimento. Nos Estados Unidos, tem buscado criar conteúdo original e regional.

No caso da Disney, o seu grande acervo é um grande diferencial da plataforma, especialmente com as franquias Marvel, Star Wars e Pixar, que fazem sucesso a nível global.

Modos de consumir conteúdo

De acordo com a consultoria PwC, a TV tradicional, afetada pela concorrência dos serviços de streaming OTT, verá a receita global encolher -0,8%, de US$ 231 bilhões em 2021 para US$ 222,1 bilhões em 2026.

Os cinemas, que estão se recuperando lentamente das paralisações do COVID, não recuperarão sua receita total de US$ 45,2 bilhões em 2019 até 2023. A volta também pode mudar o cenário de estreias nos streamings: alguns fazem o lançamento nos cinemas e depois nos streamings. Ou fazem estreias mediante ingressos exclusivos em filmes especiais. O cenário ainda é incerto.

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Com dados de: Just Watch, PwC Consulting, ComScore e 9to5Mac. Tradução livre. Curadoria e comentários feitos pelo blog.

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Canção “Não falamos do Bruno” (We Dont Talk About Bruno” é topo nas paradas de sucesso mundial da Billboard. Disney não tinha um primeiro lugar desde 1993, com “A Whole New World”.

Não falamos do Bruno: Disney no primeiro lugar da Billboard

A canção “Não falamos do Bruno”, do filme Encanto, conquistou o primeiro lugar nas paradas de sucesso da Billboard (Hot 100), ranking do cenário musical. Cantada por todo o elenco de Encanto, ela tem artistas como Carolina Gaitán, Mauro Castillo, Adassa, Rhenzy Feliz, Diane Guerrero e Stephanie Beatriz.

Sucesso inédito em décadas. A Disney não conquistava o primeiro lugar na Billboard desde a música “A Whole New World” em 1993, do filme Alladin, quando ficou uma semana no topo das paradas de todo mundo. O filme foi lançado em 1992 e a composição foi criada por Alan Menken, escrita por Tim Rice e gravada por Peabo Bryson e Regina Belle.

Consumo da Disney, do físico ao digital. O topo das paradas foi uma surpresa para alguns, e não é uma regra que a Disney repetirá esse fenômeno. Por outro lado, músicas do filme Moana e do latino Coco tem aquecido e conquistado o público há alguns anos, e é possível que haja uma nova fase para a Disney, que tem aumentado sua audiência em várias frentes. As músicas e trechos de filmes encontram-se popular em todos os streamings digitais, além das redes sociais. Existem canais e playlists dedicadas às canções Disney, e também os canais oficiais em plataformas musicais (como o Spotify e Deezer). O próprio streaming de filmes o Disney+ também ajuda a potencializar o seu sucesso. A audiência pode ver o filme e ouvir as músicas quantas vezes quiser. Isso faz com que as canções “grudem” ainda mais, especialmente para as crianças. O acesso digital tem potencializado o que já costuma ser popular.

Disney conquista primeiro lugar da Billboard com música “Não falamos do Bruno”
Disney conquista primeiro lugar da Billboard com música “Não falamos do Bruno”

 

Mais sobre a tendência de músicas Disney no topo das paradas

Jason Lipshutz, jornalista da Billboard, comenta sobre o surgimento do fenômeno:

“O fenômeno Encanto já havia começado no final de 2021, mas não havia indicação de que a sua trilha sonora fosse chegar a esse ponto, ou que “We Don’t Talk About Bruno” tivesse chance de superar clássicos da Disney como “Colors of the Wind” e “Let It Go” no ranking Hot 100. No entanto, aqui estamos no início de fevereiro, e a trilha sonora de Encanto e “Bruno” estão no topo da Billboard 200 e Hot 100, respectivamente, com um tipo de crossover filme-música praticamente inédito”.

Leila Cobom, também jornalista da Billboard, cita o “aquecimento” da audiência com o filme Coco:

“O público está mais aberto do que acreditamos do que foi testado com Coco, o belo filme de animação com tema mexicano de sucesso. Acho que “Bruno” teria se saído bem de qualquer maneira, mas o fato de ser uma batida latina ajudou a torná-la mais presente no ambiente de hoje.”

Para o futuro, os especialistas de música preveem que a tendência é aumentar os musicais “na boca do povo”.

 “Agora que Encanto demonstrou que a Disney marcou um fenômeno da cultura pop em seu serviço de streaming Disney+, eu esperaria uma saturação mais pesada de musicais animados com o mesmo tipo de blitz promocional – talvez com uma cadência semelhante à que vimos na década de 1990, quando todo verão apresentava um novo musical animado da Disney no multiplex. O fato de Encanto poder ser transmitido pelos usuários do Disney+ sempre que quiserem, quantas vezes quiserem, torna ainda mais fácil para os espectadores (leia-se: crianças) aprender as músicas e transmiti-las repetidamente; com certeza, nem todo musical animado pode ostentar músicas originais de Lin-Manuel Miranda, mas não há razão para a Disney não dar o maior número possível de golpes de bastão e recriar o efeito Encanto”, acrescenta Jason Lipshutz.

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