Inteligência de dados e conceitos de Business Intelligence e Marketing. Imagem: Reprodução/Free Pik

Infoxicação, a intoxicação por excesso informação

O termo “infoxicação” começou a ser popular com o físico espanhol Alfons Cornellá que classificou, na década de 90, como o excesso de informação. Ele previu que nos próximos anos teríamos muito mais dados do que poderíamos absorver e em uma velocidade superior àquela que tínhamos até antes do advento da internet.

Em 2021, os números confirmam o que foi citado por Cornella. Mais de 2,2 milhões de terabytes de novos dados são gerados todos os dias no mundo, que incluem imagens, GIFS, vídeos, textos, séries, publicações nas diversas redes sociais, anúncios, e-mails, em uma lista diversa e praticamente infinita – todos em alta velocidade. Cornellá fala da infoxicação decorrente como um fator do risco: lidar dados e de tantas fontes ao mesmo tempo pode gerar ansiedade e estresse. Em alguns casos, o excesso também pode gerar Burnout, que é a exaustão da mente, ao ponto que não consegue mais produzir com excelência e tem dificuldade em absorver novas informações, gerando irritação, tristeza e até depressão, entre outros sintomas.

O filtro do que vemos, lemos e ouvimos na internet, especialmente as redes sociais, se torna necessário para evitar levar o nosso corpo ao excesso de informação. A rede pode ser um meio positivo para estudos e diversão se for utilizada com limites, escolhendo o que e quando se ver. Limitar os horários das telas, intercalar momentos sem celular ou monitores e tentar atividades que não envolvam a tecnologia são alguns exemplos de ações que auxiliam a não exaurir. Outras ações são de excluir e diminuir, como deixar de acompanhar pessoas, marcas e comunidades que não tragam efeito positivo. E o reforço no que importa, para possuir mais tempo para ler, reforçar os locais na internet que possuam maior fonte de bem-estar. Afinal, o tempo que possuímos é limitado e explorar espaços positivos para cada um é uma boa forma de usá-la.

Infoxicação, a intoxicação por excesso informação Read More »

Influenciadores virtuais no Brasil

Lu da Magalu, Lilica Ripilica, Nat da Natura e Mara da Amaro são alguns dos influenciadores virtuais no Brasil, criados especialmente para a internet que somam milhões de seguidores. Eles são criados pelas marcas e funcionam como os embaixadores da sua mensagem,  realizam a comunicação e o atendimento, tudo isso com características próprias de personalidade.

O uso dos influenciadores virtuais pode coexistir com influenciadores humanos. Mas, em relação às pessoas, possuem uma vantagem. Por serem geridos por cada uma das marcas, eles não carecem de contratos para cada nova campanha ou ação. Se por um lado é importante que hajam pessoas influenciadoras, por outro os influenciadores digitais mostram que a  marca pode ser um personagem virtual completamente alinhado à marca, menos passível às mudanças externas dos influenciadores na web.

Marcos históricos dos influenciadores virtuais no Brasil: criação da Magalu e Lei nº 12.485

Influenciadores virtuais: Lu da Magalu. Imagem: Divulgação/Magazine Luiza

A história dos influenciadores virtuais no Brasil começa há quase vinte anos. Em 2003, Magazine Luiza criou a Magalu. A influenciadora foi precussora a criação de outros personagens digitais em animações de estúdios independentes, como Lilica Ripilica no Youtube e a Any Malu.

Influenciadores virtuais: Lilica Ripilica do Mundo Ripilica. Imagem: Divulgação/Lilica Ripilica

Já a Lei nº 12.485 de 2011 dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado e deu prioridade especial à animação infantil produzida por estúdios brasileiros. “A Lei 12.485 viabilizou o incremento da produção independente brasileira, viabilizou a chegada dessa produção na TV paga, na TV aberta, ampliou a capacidade de investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual, da Agência Nacional do Cinema, no desenvolvimento do setor, melhorou um conjunto de práticas das programadoras, das TVs abertas, dos nossos produtores, e é o que permite o bom momento que o setor audiovisual brasileiro está vivendo”, disse o presidente da Ancine, Manoel Rangel, em reportagem para a Agência Brasil.

Influenciadores virtuais: Any Malu. Imagem: Divulgação/Any Malu

 

A importância dos estúdios de animação independentes

De acordo com a EBC, em 2017 os produtores audiovisuais eram 68% da Região Sudeste, 610 (10%) das produtoras no Nordeste, de 358 (6%) no Centro-Oeste e de 151 (3%) no Norte do país e isso influencia e auxilia o aumento dos influenciadores virtuais no Brasil.

Manoel Rangel, diretor da Associação Nacional de Cinema (ANCINE) afirma “O principal dessa lei é que ela faz com que os brasileiros tenham contato com a produção audiovisual brasileira e com a produção audiovisual brasileira independente. Ela intensifica a geração de emprego pelo país afora, intensifica a capacidade do Brasil se ver na tela. Hoje, o que nós apresentamos aqui é um conjunto de base de dados e de sistemas que acompanha esse desenvolvimento da Lei 12.485. São ferramentas para garantir o cumprimento da lei e, por outro lado, ferramentas que nos permitem conhecer mais e melhor o mercado audiovisual, aprimorando as políticas públicas desenvolvidas para o setor”.

Cenário dos anos 2020s

Em 2021, a Lu da Magalu é uma das influenciadores virtuais no Brasil mais populares, mas também no mundo, compondo uma história com mais de 25 milhões de fãs nas redes sociais. E a quantidade de influenciadores virtuais continua a se multiplicar. Atualmente, o Brasil possui diversos influenciadores ativos:

Baianinho das Casas Bahia, o atual “CB”

Influenciadores virtuais: Baianinho das Casas Bahia. Rebranding 3D. Imagem: Divulgação/Casas Bahia.

O antigo Baianinho de chapéu de couro foi repaginado em 2021 e ganhou versão 3D, e compõe um dos maiores influenciadores virtuais no Brasil. Em sua apresentação no Twitter, escreveu: “Faaala, galera! Agora vocês podem me chamar de CB! A Casas Bahia se transformou tanto, que até eu mudei durante essa viagem sensa. Mas fiquem tranquilos! Vou continuar sendo aquele carinha que sempre tem as melhores diconas pra tudo“. O personagem foi assinado pelo Estúdio Miagui. De acordo com Ilca Sierra, diretora de Marketing e Comunicação Multicanal da Via Varejo: “Nossa casa é o Brasil, nossa causa é o brasileiro. Estamos entrando em um segundo e importantíssimo capítulo nessa evolução do reposicionamento da marca. Ele vem agora como um influenciador digital, para dar mais luz aos nossos valores no novo posicionamento, sendo guardião de temas como sustentabilidade e diversidade”.

Elô da Cielo

Influenciadores Virtuais: Elô, da marca Elo. Imagem: Divulgação/ELO

“Tem o objetivo de melhorar a experiências dos clientes no atendimento em nossos canais digitais. Essa novidade veio para trazer uma interação mais prática, ágil e amigável”. Missão: é estar à frente de todos os canais digitais da Cielo e auxiliando em duvidas, sugestões em nossos principais produtos e serviços.
Esbanjando simpatia, a Elô ouvirá clientes e fará de tudo para simplificar a comunicação.” (Divulgação/Equipe CIELO).

Mara, da Amaro

Influenciadores virtuais: Mara, da Amaro. Imagem: Divulgação/AMARO

“A  modelo virtual foi projetada para atender às demandas da equipe de marketing e produtos para a criação das campanhas e lookbook em tempos de isolamento social. Mas a segunda etapa é inevitavelmente a de uma personagem virtual que vai se comunicar com o público em todas as nossas plataformas”, explica Luciana Cardoso, diretora de criação da AMARO.  “Com o conceito “O que a internet uniu, ninguém separa”,  a campanha foi criada e produzida em apenas quatro dias, antecipando a tendência dos encontros virtuais que acabaram por se tornar a realidade para a maioria das pessoas em quarentena.” (Divulgação/AMARO).

Nat, da Natura

Influenciadores Virtuais: Nat da Natura. Imagem: Divulgação/Natura

Em sua biografia no Twitter, se declara “Sou Consultora de Beleza Natura, Influenciadora Digital, Porta-voz da Natura aqui no Twitter, apoiadora de causas socioambientais e “mãe” do gato Murumuru”.  De acordo com o blog da Natura: “Para acelerar a digitalização e humanizar o atendimento digital, nós demos cara e novas funcionalidades ao bot (robô de internet). A Nat, nossa assistente virtual, pode renegociar dívidas, solicitar segunda via de boletos, falar sobre os status de pedidos e pagamentos, entre outras funções. Lançada em 2016 apenas dentro do Facebook, até então o bot mostrava opções de presentes para os consumidores comprarem online.”

“Um dos objetivos principais é reduzir em 30% os atendimentos feitos via Central de Relacionamento, que estarão com atenção voltada para resolver problemas “mais complexos”. Hoje, cerca de 75% dos contatos feitos via esse canal são dúvidas simples que a Nat está, a partir de agora, capacitada para solucionar em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana e, claro, com total segurança.”.

Influenciadores virtuais no Brasil Read More »

1 bilhão no TikTok (e quanto tempo levou para cada rede atingir)

No dia 27 de setembro de 2021, 1 bilhão no TikTok: hoje, já são mais do que esse total de usuários na rede social.

“O TikTok se tornou uma parte amada da vida de pessoas em todo o mundo por causa da criatividade e autenticidade de nossos criadores. Nossa comunidade global é notável em sua capacidade de alcançar milhões de pessoas, através de gerações. Da música, comida, beleza e moda à arte, causas e tudo mais, a cultura realmente começa no TikTok.”, explicou a rede em seu blog oficial.

Para comemorar 1 bilhão no Tiktok, a rede aproveitou para reforçar o seu compromisso com a individualidade e a expressão das pessoas: “No TikTok, nossa missão é inspirar criatividade e trazer alegria. Hoje, estamos celebrando essa missão e nossa comunidade global do TikTok. Mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo agora vêm ao TikTok todos os meses para se divertir enquanto aprendem, riem ou descobrem algo novo. Temos a honra de ser o lar de nossa comunidade imensamente diversificada de famílias, pequenas empresas e criadores que se transformam em nossas estrelas favoritas.”

Quanto tempo cada rede demorou para conquistar 1 bilhão de usuários?

– Facebook: 9 anos para 1 bilhão de usuários;
– Instagram: 8 anos:
– Youtube: 8 anos;
– Tik Tok: até o momento foi o recordista, demorando apenas 5 anos para o seu primeiro bilhão.

Quanto tempo cada rede demorou para conquistar 1 bilhão de usuários?

Dados: The Information Reporter, 2021.

Mais conteúdos sobre redes sociais

1 bilhão no TikTok (e quanto tempo levou para cada rede atingir) Read More »

WEIRD Data: o que significa e origem do termo na Sociologia

Você sabe o que é uma pesquisa “WEIRD” ou “WEIRD DATA”? W.E.I.R.D., em pesquisa, significa: Western (ocidental); Educated (educação superior); Industrialized (industrializado/urbano); Rich (rico). Democratic (democrata).

Qual o problema dessas pesquisas com Weird Data?

WEIRD Data cria pesquisas que só abordam determinada parcela da população. Apesar de serem 80% das pesquisas produzidas, elas representam apenas 12% da população mundial, de acordo com a American Psychological Association (APA). Elas podem ser reduzidas ao clichê de “precisamos sair da caixa” das pesquisas.

Origem do termo “Weird Data”

Em um estudo ilustrativo do livro de 1966 “The Influence of Culture on Visual Perception”, os pesquisadores da Universidade de Columbia Steven Heine, PhD, and Ara Norenzayan, PhD, descobriram que os estudantes universitários dos EUA percebem algumas ilusões visuais em um grau muito maior do que pessoas de muitas outras culturas, incluindo San foragers of the Kalahari.

“De fato, pessoas de algumas culturas não foram completamente afetadas por certas ilusões. Se processos aparentemente básicos como a percepção visual podem diferir entre as culturas, diz Henrich, faz sentido que outros também o façam”. “Esperamos que os pesquisadores percebam o quão precária é a posição em que estamos quando tentamos construir teorias universais a partir de uma fatia estreita e incomum da população”, completa o pesquisador.

Para resolver o problema, Heine e seus colegas sugerem que editores de periódicos e agências de financiamento incentivem os pesquisadores a discutir as limitações de suas amostras e buscar participantes mais representativos do estudo.

Vi no Livro Dataclysm: Who We Are by Christian Rudder (mais sobre ele aqui).

WEIRD Data: o que significa e origem do termo na Sociologia Read More »

Sair da versão mobile