Mastodon: alternativa ao Twitter? Para onde estão indo as pessoas insatisfeitas com o Twitter? Ao que tudo indica, a maior parte da migração tem acontecido para o Mastodon.
De acordo com a própria plataforma, eles agora tem mais de 655 mil usuários (230 mil inscritos na última semana).
Há alguns meses, quando houve o anúncio do interesse da compra do Twitter por Musk, houve uma migração para o Mastodon. Mas, dessa vez (com a presença oficial dele), o total de novos usuários marca esse novo recorde.
O Mastodon não possui anúncios, ao contrário do Twitter, o que pode ser uma vantagem para aquelas pessoas cansadas de propaganda. Por outro lado, por ser dividida em vários servidores, eles podem ser apagados caso o criador daquele silo assim quiser (Mastodon recomenda que os usuários do servidor sejam avisados com 3 meses de antecedência, para que possam migrar para outro).
Jack Dorsey, fundador do Twitter, também está criando uma nova rede social, o BlueSky. Tudo indica que terá um modelo semelhante ao Mastodon, que funciona por meio de servidores. BlueSky is coming? Resta saber se também entrará na preferência da migração dos insatisfeitos com o Twitter também. Será?
Dados do Globoplay em 2022 e um breve resumo de sua estratégia.
Globoplay é um streaming do ecossistema Globo, que existe desde 2015. Ele surgiu “timidamente” como dizem os jornais e revistas, e agora faz frente aos grandes streamings. Em um cenário chamado de “guerra dos streamings” ou “streaming wars”, Globoplay tem ganhado destaque com crescimento superior à Netflix.
“No início era um serviço pensado para complementar a TV Globo, mas com o passar do tempo ganhou força e hoje é um serviço mais independente” contou Erick Bretas (diretor de Produtos Digitais e Canais Pagos da Globo ou chief digital officer) em entrevista ao Deadline.
O investimento no streaming tem acontecido desde o seu lançamento em um plano que se baseia no médio prazo. Tem foco nos próximos cinco anos. É favorecido por fazer parte do ecossistema Globo, que atinge mais de 100 milhões de pessoas diariamente (incluindo seus jornais, tv aberta, tv por assinatura e outras mídias do grupo).
Dados do Globoplay em 2022 (e um breve comparativo com 2021)
O número de assinantes da Globoplay tem crescido a cada dia, e o plano a médio prazo da Globo começa a ter resultados. Obteve 11% de crescimento no último trimestre de 2022. A Globo também pretende ampliar o catálogo do streaming: até o final de 2022, planeja lançar 194 títulos com o mercado independente, segundo Erick Brêtas.
De acordo com a Globo, um dos motivos do aumento das assinaturas, especialmente em 2021, foi devido aos conteúdos originais e reality shows. Em 2021, a Globoplay teve aumento de 47% no total de usuários, em parte pelo BBB 2021. Os assinantes assistiram mais de 193 milhões de horas de conteúdo entre abril e junho de 2021 (um recorde!).
Também foi em 2021 que o Telecine passou a integrar o serviço, para oferecer um catálogo maior de produções. Atualmente, a Globoplay ainda tem combos de assinaturas com a Disney+ e os canais pagos de esportes. Desse modo, a Disney não oferece uma concorrência direta, mas sim um adendo aos serviços oferecidos.
De acordo com o portal Deadline, a empresa revelou que possuía 101,6 milhões de usuários em todos os seus produtos digitais em 2021, sendo 30 milhões de usuários nos canais pagos e suportados por anúncios no Globoplay.
O lucro em 2022 também teve crescimento: um aumento de 6%. Até o momento, em 2022 teve R$ 1,396 bilhão de reais (era R$ 1,316 bilhão em 2021).
*Dados de junho de 2022, divulgados oficialmente pela Globo e trecho de entrevista em tradução livre no portal Deadline em 2021.
Podcasts no Brasil 2022. Consumo no país, ranking mundial e percepção dos consumidores sobre a publicidade nessa mídia.
Brasil é o terceiro em consumo de podcasts no mundo, com mais de 30 milhões de ouvintes.
No ranking mundial, aparece depois da Suécia e Irlanda. Os países que menos consomem podcasts são Japão, Taiwan, Malásia e Paquistão (com média de 5%). O Brasil foi um dos países que mais cresceu em ouvintes desde 2020.
De acordo com o Statista e o IBOPE, as plataformas mais ouvidas no Brasil são o Spotify (25%) e Apple Podcasts (20%). Em terceiro lugar está o Google Podcasts (16%), em quarto lugar temos Pandora (15%), e em quinto os sites dos próprios podcasts, com 11%.
Alguns dados sobre o consumo de podcasts no Brasil
Os formatos favoritos dos brasileiros são entrevistas, narrativas, mesas redondas, reportagens e resumo do dia.
Os gêneros favoritos dos brasileiros são sociedade e cultura, educação, estilo de vida, religião e comédia.
Entre os podcasts em destaque em 2021, encontramos: Horóscopo Hoje, Mano a Mano, Flow, Primo Cast e Café da Manhã da Folha.
Foram mais de 13 bilhões de horas ouvidas.
Os podcasts brasileiros têm sido impulsionados por plataformas como o Spotify.
Também vemos a participação do GloboPlay.
Outra plataforma de papel importante no Brasil é a Deezer, que teve aumento de 40% no consumo do formato entre os usuários brasileiros, quando comparamos de 2018 a 2022.
Associação Brasileira de Podcasters identificou que 79% ouvem podcasts em seu deslocamento (carros ou transportes públicos).
68% ouvem podcasts enquanto realizam as tarefas domésticas, como as faxinas.
Também de acordo com a Associação Brasileira de Podcasters, o consumo médio é de 2 horas e 52 minutos.
Brasil sobe para o terceiro lugar mundial
O crescimento dos podcasts no país aumentou especialmente após a pandemia. Também de acordo com o IBOPE, 57% das pessoas que passaram a ouvir podcasts, identificados nessa pesquisa, fizeram depois do isolamento social. Na pesquisa de 2021, eles identificaram que:
43% ouvem podcasts de uma a três vezes por semana;
Valorizam e acham modernas nas marcas que usam podcasts na publicidade;
5 em cada 10 pessoas se identifica com as marcas que anunciam nos podcasts;
De acordo com a IAB Brasil, 54% das pessoas acredita que seja interessante o tipo de publicidade exibido nos podcasts.
Consumo e podcasts
De acordo com a IAB Brasil, os produtos mais consumidos pelos ouvintes são: roupas e sapatos (27%), eletrodomésticos (26%), tecnologia (22%), produtos de supermercado (22%), educação (21%), eventos (17%), carros ou motos (17%), seguros (16%), turismo (14%), produtos bancários (12%) e investimentos (11%).
*Dados de abril de 2022 do IBOPE, IAB Brasil 2022 e Statista. Dados da Associação Brasileira de Podcasters em 2022. Dados de podcasts de todas as fontes citadas em 2021.
Oreo e Castelo Rá-tim-Bum. Seis pontos sobre o case de marketing do Oreo e Castelo Rá-Tim-Bum, branded content e a tendência da nostalgia no marketing.
Klift Kloft Still, a porta se abriu!. “Quando Oreo e Castelo Rá-tim-bum se unem, a magia acontece”. A nova campanha do biscoito Oreo, lançada entre agosto e setembro de 2022, aposta na associação com o Castelo Rá-Tim-Bum, que foi exibido na TV Cultura.
A campanha foi gravada nos estúdios originais do Castelo Rá-Tim-Bum da emissora, usando o cenário da série de tv. Oreo também criou o branded content da marca com a receita da bruxa Morgana de Oreo como forma de potencializar a sua ligação com esse universo de brincadeira e diversão:
Separei seis pontos sobre essa parceria para analisar um pouco sobre o marketing entre Oreo e Castelo Rá-Tim-Bum:
1. Marketing de nostalgia.
O marketing de nostalgia ou nostalgy marketingtem sido utilizado cada vez com mais frequência, e a Oreo não ficou de fora. Já encontramos em outras marcas hoje, como o retorno do Bubbaloo no formato de produtos do Boticário (mais aqui). A nostalgia é um recurso de marketing forte, pois aproveita a mensagem já exibida para as pessoas em outros momentos de suas vidas, conversando diretamente com a emoção.
2. Oreo e Castelo Rá-tim-Bum estão em alinhamento com a tendência mundial.
O marketing de nostalgia não é um movimento apenas da Oreo nessa campanha, mas um movimento que tem acontecido em diversos países. A Fortune já citou que a nostalgia se tornou uma economia, pois é uma fonte de recursos financeiros.
Investir na nostalgia ou criar produtos novos, mas com aparência de antigos, por exemplo, é chamado de “nowstagia” (ou nostalgia do agora).
3. O universo (extenso e rico) do Castelo Rá-Tim-Bum.
O “match” ou encontro dos dois universos, de Oreo e do Castelo, tem grande afinidade. Eles conversam entre si, pois ambos se ligam por meio da diversão, da brincadeira, para todas as idades.
4. Oreo e Castelo Rá-tim-Bum trazem consistência na mensagem de brincadeira.
A mensagem da Oreo ganha ainda mais consistência quando vemos outras campanhas da marca pelo mundo, por meio da repetição do “stay playful”, em inglês.
Aqui no Brasil, encontrou o Castelo como um bom catalisadorda mensagem universal. Consistência nas campanhas de marketing e a mensagemclara e repetida ajudam com que Oreo seja associadoà brincadeira com mais facilidade.
5. A mensagem de “Continue brincante” é uma proposta mundial.
Oreo já realizou outras campanhas no mundo que associam a marca ao universo de brincadeira e diversão, sempre procurando manter a mesma coesão, de uma mensagem só, de diversão, para cada país que se lançou.
No Natal de 2021, por exemplo, fez a campanha “Stay Playful” (ou continue brincante, em tradução livre) com o Papai Noel que come o biscoito com leite (aqui um texto sobre o Natal Oreo 2021!).
6. Experiência on-off: descontos para consumidores na exposição do Castelo Rá-Tim-Bum.
A exibição atualmente se encontra no Shopping Eldorado em São Paulo (SP) e já está em sua quarta edição.A exposição é recordista de visitantes.
De acordo com o Ingresso Rápido, responsável pela venda de entradas, a primeira exposição do Castelo Rá-Tim-Bum em 2014 e 2015 aconteceu no Museu da Imagem e do Som e teve mais de 400 mil visitantes. Em 2017, foi a vez do Memorial da América Latina, quando meio milhão de pessoas conferiram. Em 2018, ocorreu em Campinas, também no estado de São Paulo. A quarta edição estava prevista para 2020, foi adiada para 2022 devido à pandemia, e foi montada no Santana Parque Shopping, Zona Norte de SP.
Um sucesso que foi aproveitado pela Oreo também, para se associar ao universo brincante do Castelo no online + offline, expandindo a diversão para todos os espaços.