Nokia 3210: o relançamento do telefone clássico da Nokia

O Nokia 3210 está de volta. Imagem: Nokia. Divulgação.

O Nokia 3210 está de volta. Lançado há 25 anos, o modelo retorna com atualizações modernas, apostando na nostalgia e na tendência de desintoxicação digital. Este movimento visa reconectar uma geração que apostava no 3210 por sua durabilidade e simplicidade. A Nokia se posiciona com um telefone que promove menos smartphones, com menos velocidade, mas sem abrir mão de funcionalidades tecnológicas.

Lars Silberbauer, CMO da Human Mobile Devices (HMD), comentou: “O Nokia 3210, um ícone cultural, está de volta no auge do boom dos dumbphones, pois os consumidores procuram equilibrar o uso do tempo de tela com uma desintoxicação digital. O Nokia 3210 tem simplicidade em seu núcleo, permitindo que os consumidores estejam totalmente presentes”.

O retorno do clássico

O Nokia 3210 está de volta. Imagem: Nokia. Divulgação.

O Nokia 3210 ocupa um lugar especial na memória de muitos consumidores. Reintroduzir esse modelo é uma tentativa de explorar emoções profundas, oferecendo aos consumidores uma chance de reviver uma era mais simples. 

Os “dumb phones” (telefones “burros”, no inglês original) estão voltando, especialmente entre a Geração Z. Mesmo com a mudança global para smartphones premium, há um crescente interesse em dispositivos mais simples. As buscas por “dumb phone” aumentaram desde 2020, e a hashtag #BringBackFlipPhones no TikTok tem quase 60 milhões de visualizações. As vendas de feature phones nos EUA alcançaram 2,8 milhões de unidades em 2023, impulsionadas pelo desejo de desintoxicação digital, acessibilidade, durabilidade, privacidade e sustentabilidade.

Mas o novo Nokia 3210 não é uma cópia exata do original e apresenta algumas funcionalidades novas em relação ao modelo de 25 anos atrás:

  • Conectividade 4G;
  • Porta USB-C;
  • Câmera de 2MP;
  • Bateria Removível de 1.450 mAh: Longa duração.
  • Outros Recursos: Rádio FM, entrada para fone de ouvido de 3,5 mm, aplicativos em nuvem para acesso à internet.
  • Cores: Y2K Gold, Grunge Black, Scuba Blue.
  • O novo Nokia 3210 não possui GPS;
  • Chamadas, mensagens e o jogo Snake.

Impacto ambiental e sustentabilidade do Nokia 3210

Na descrição do produto, também existe uma preocupação ecológica do impacto do 3210. De acordo com o comunicado oficial da Nokia, foram evitadas substâncias não recicláveis (no próprio smartphone e na embalagem), ele foi criado com diversos materiais reaproveitados, e o celular também pode ser igualmente reciclado. No detalhe:

  • Livre de compostos bromados e clorados e trióxido de antimônio;
  • Livre de PVC e níquel na superfície do produto.
  • Embalagem contém até 67,1% de material reciclado e é 100% reciclável;
  • Todos os materiais do dispositivo podem ser recuperados como materiais, com uma taxa de recuperabilidade de até 75,4%;
  • Eficiência energética: o carregador atende ao padrão EU VI. O produto está em conformidade com várias regulamentações globais, como a Diretiva RoHS da UE e o Regulamento REACH da UE.

Tendência de desintoxicação digital

A sobrecarga digital é uma preocupação real hoje. Estamos constantemente à procura de momentos tranquilos, sem distrações das redes sociais. O novo Nokia 3210 tem como proposta apresentar uma maneira de se desconectar e recuperar seu tempo.

Ben Wood, fundador do Mobile Phone Museum, afirmou: “O original Nokia 3210 tem um lugar especial no coração de muitos consumidores como um dos celulares mais vendidos de todos os tempos. É o produto perfeito para reimaginar para a era moderna, dado seu forte legado e design icônico”.

Com um preço abaixo de €100, o Nokia 3210 é mais acessível do que alguns smartphones. Com isso, a marca Nokia abre portas para um público mais amplo, incluindo consumidores conscientes do orçamento e mercados emergentes. Ele está sendo lançado mundialmente neste mês de maio, e em seu site oficial avisa que, em breve, deve chegar também ao Brasil.

Para continuar a conversa

Profissional de Digital Business e Business Intelligence, com foco em Consumer Insights, Trends e Cultural Research. Pesquisa e trabalha criando estratégias baseadas em dados online e offline. Criadora do Dataísmo. Formada em Marketing e pós-graduanda em Digital Business na USP.

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