Copa Feminina 2023: dados e panorama

Copa Feminina 2023: logo Fifa Womens World Cup AU NZ. Imagem: Fifa/divulgação.

*Copa Feminina 2023: Esse texto foi publicado originalmente na newsletter dataismo news, para assinar acesse dataismo.substack.com

O futebol feminino existe há bastante tempo, mas foi proibido por decreto durante 38 anos. As mulheres retomaram as atividades a partir de 1970, mas sem muita repercussão ou investimento.

Falar do histórico é fundamental para entender o contexto: isso pq os últimos anos marcaram grandes mudanças delas com a bola. Agora, temos estudos inéditos sobre como as pessoas estão acompanhando a Copa. E também existem mais marcas para observar.

Interesse em assistir a Copa Feminina 2023

Pesquisa mostra que existe interesse da audiência pelos jogos:

  • 72% devem acompanhar aos jogos ao vivo;
  • 47% das pessoas disseram que devem acompanhar a competição;
  • 42% querem assistir ao maior número possível de partidas;
  • 39% devem acompanhar apenas a seleção brasileira (fonte: Terra).

Transmissão de jogos se amplia

Patrocínio e transmissão

Dentre as patrocinadoras dos times, Nike é a recordista. Apoia 13 das 32 seleções, incluindo a brasileira. Adidas fica em segundo lugar e patrocina 10 times (fonte: Poder360).

Canal do Youtube CazéTV transmitirá os jogos, igualmente fez ao futebol masculino ano passado. É a primeira vez que um criador irá transmitir a Copa feminina nesse formato.

Dentre as marcas patrocinadoras das lives do Cazé, temos: Coca-Cola, iFood, Itaú, Latam, Mastercard, Mercado Livre, Mc Donalds, Rexona e Clear.

7 jogos serão transmitidos na TV Globo em tv aberta.

Alguns sites com especiais: GE Esporte | CBF.

Pela primeira vez, algumas empresas liberam para ver jogos

Ação é inédita para a maior parte das empresas. Algumas já fazem isso pela segunda vez. Em geral, a liberação ocorre junto às sugestões trazidas pelos comitês de diversidade. Dentre elas:

  • Bimbo Brasil (Nutrella e Pullman)
  • Grupo CCR
  • Siemens Energy
  • Pague Menos & ExtraFarma
  • AbbVie (2a vez)
  • Boticário (2a vez)
  • Visa (2a vez)
Fonte: Valor.

Futebol Feminino 2023: repercussão na internet

Tendência online: na internet, as buscas do Google Trends por “futebol feminino” atingiram seu recorde nos últimos 5 anos.

O que isso significa em números totais: são mais de 837.1 mil buscas por mês em julho por “futebol feminino” e suas variações.

Fonte: Google Trends e SemRush. Pesquisa por Juliana Freitas/dataismo. Julho de 2023.

Audiência no Instagram

Atualmente, a selecaodefutebolfeminina tem 2.6 milhões no Instagram. O número é baixo se comparado aos veículos de mídia e redes sobre futebol.

Mas o assunto tem ganhado força nos perfis que falam de esportes, o que pode ajudá-lo a crescer. Tais como: CBF (16.6 MM), SporTV (4.8 MM), GE Globo (3.5MM), GloboPlay (2.4 MM), CazéTV (669 mil).

Fonte: Pesquisa por Juliana Freitas/dataismo. Julho de 2023.

Buscas sobre o futebol feminino em 2023

Apesar do interesse ser o maior dos últimos anos, os números da Copa de 2023 ficam longe da Copa de 2022. Por dentro dos termos e o que impulsiona essas buscas.

Copa de futebol feminino tem 20.880 buscas, Copa feminina: 464.670 e futebol feminino: 837.130. Mas “Copa do mundo 2022” teve mais de 107.229.960 de buscas no mesmo período no Brasil.

  1. classificações de campeonato brasileiro de futebol feminino: 90.500 buscas/mês
  2. futebol feminino: 60.500 buscas/mês
  3. jogos de campeonato brasileiro de futebol feminino: 40.500 buscas/mês
  4. seleção brasileira de futebol feminino: 27.100 buscas/mês
  5. classificações de futebol feminino do sport club corinthians paulista: 18.100 buscas/mês
  6. futebol feminino hoje: 14.800 buscas/mês
  7. futebol feminino sport club corinthians: 12.100 buscas/mês
  8. futebol feminino brasil: 9.900 buscas/mês.
  9. futebol feminino corinthians: 9.900
  10. jogos da seleção brasileira de futebol feminino: 9.900

Achei interessante a força que o campeonato brasileiro tem no futebol feminino. Corinthians lidera as buscas mesmo em tempos que a Copa Mundial está em evidência. Parte disso tem relação com a própria proposta do Corinthians de falar do fut feminino, como veremos adiante.

Dados: Pesquisa por Juliana Freitas/dataismo. SemRush, dados de julho de 2023, Brasil. Coleta em julho de 2023.

 Influencers & futebol feminino

Buzzmonitor Influencers mostrou que as mulheres (atletas ou jornalistas), só começam a aparecer a partir da posição 20 na lista sobre o esporte. São elas:

  •  Renata Fan – 2.8 milhões de seguidores no Twitter: a jornalista foi a primeira mulher a comandar uma mesa redonda na TV aberta brasileira, o “Jogo Aberto”.
  • Cristiana Rozeira – 1 milhão de seguidores no Instagram: a maior artilheira do futebol feminino na história dos Jogos Olímpicos.

 Perfis de marcas ou clubes que mais falaram do futebol feminino no último semestre:

  1. Corinthians (Facebook)
  2. Desimpedidos (Youtube), Centauro (Facebook)
  3. São Paulo Futebol Clube (Instagram)
  4. Gol Linhas Aéreas (Facebook)
  5. Clube Atlético Mineiro (Facebook)
  6. Cruzeiro Esporte Clube (Facebook)
  7. TV Palmeiras (Youtube)
Fonte: Pesquisa do BuzzMonitor na Lance. Divulgada no mês da mulher de 2023.

Copa Feminina 2023 e seu futuro: o jogo pode mudar?

Estudo da Centauro em parceria com o Grupo Consumoteca mostrou a relação entre mulheres e futebol:

41% delas afirmaram ter sido incentivadas a praticar esportes durante a infância, em comparação com 63% dos homens.

78% das mulheres pretendem acompanhar os Jogos de Paris 2024, um aumento significativo em relação aos 29% que falaram o mesmo sobre a Olimpíada de Tóquio, realizada em 2021 (li no Máquina do Esporte).

Ainda estamos no primeiro ano para marcas, pesquisas e algumas transmissões. Esse ano parece ser o maior de todos, no entanto, ainda é baixo se comparado a outros eventos esportivos. Será que, no futuro, o Brasil consegue melhorar esse jogo?

*Esse texto foi publicado originalmente na newsletter dataismo news, para assinar acesse dataismo.substack.com

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Profissional de Digital Business e Business Intelligence, com foco em Consumer Insights, Trends e Cultural Research. Pesquisa e trabalha criando estratégias baseadas em dados online e offline. Criadora do Dataísmo. Formada em Marketing e pós-graduanda em Digital Business na USP.

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